Os fundamentos da Administração

Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri",sans-serif; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;}

Muito embora a Administração tenha se tornado disciplina escolar somente no século passado, ela já existia muito tempo antes. Eis algumas ideias de Peter Drucker sobre os fundamentos da administração, o papel do administrador e a importância da Administração para a sociedade.

Como nossa sociedade transformou-se “compostas por organizações” de diversos tipos essas organizações precisam de administradores.

Para Drucker “A administração e os administradores constituem necessidades específicas de todas as entidades, da maior à menor.”  Não há entidade que viva sem administrador, mesmo as pequenas empresas precisam de um, pois elas crescerão e caso não tenham um estão fadadas ao fracasso. Drucker reflete sobre o momento que as pequenas empresas precisam trocar proprietários por administradores, para ele esse momento chega quando a empresa é obrigada a executar uma série de tarefas em cooperação, sincronização e comunicação.

É ainda importante salientar que organização e administração estão intrinsicamente ligadas, uma não vivendo sem a outra. Uma organização sem a administração, para Drucker é apenas um amontoado de pessoas. Para ele, a administração é uma disciplina de estudo e também é gente, pois são pessoas que administram não “forças” nem “fatos”.

Mas quem são os administradores? Drucker diz que nos primórdios administrador era quem era responsável pelos trabalhos de terceiros, e isso diferenciava o administrador do proprietário. Porém, essa definição não é suficiente, pois desde o inicio existiam pessoas nas empresas que faziam parte da administração, mas não administravam de fato, como por exemplo, o tesoureiro  que embora tenha subordinados e faça parte da administração não atual realmente como administrador.

Ele diz que hoje há uma tendência de crescimento de pessoas que não tem subordinados nas empresas, porém fazem parte da administração. São profissionais que trabalham sozinhos, e que mesmo assim geram riquezas para as empresas. Essas pessoas se encontram no ramo da de pesquisas técnicas e elas também tem funções de administradores, como por exemplo: planejadores de cargos de direção, analistas de custos, profissionais da qualidade, diretor de propaganda.

Drucker questiona as características do administrador e à quem deveria pertencer à administração da empresa. Ele diz que sugiram em 1950 as primeiras respostas para essa pergunta e não mudaram muito do que já havia na época, dizia-se que administrador era o “profissional que presta sua colaboração pessoal” com “oportunidades iguais ou paralelas”.  Essa definição permitiu remunerar adequadamente o trabalho, e não somente condicionar o aumento salarial a responsabilidade de trabalhos de terceiros. Porém, isso não resolveu todos os problemas, pois os profissionais técnicos mostraram apenas um pouco menos insatisfeitos que antes, e continuaram relacionar o chefe como alguém que ganha mais e progride.

Segundo ele: “O trabalho do administrador pode ser definido como planejar, organizar, ajustar, medir e formar pessoas”.  Os profissionais de carreira também atuam com base nessas necessidades. Dentro das organizações, haverá pessoas que detêm a responsabilidade clássica que é chefiar pessoas e outras que têm atribuições especificas. Além do mais, ainda há um terceiro grupo intermediário: pessoas que são chefes e que acumulam função de assessoria da alta administração.

Para Drucker, a maioria dos administradores passa a maior parte do tempo fazendo coisas que não são administrar, pois não fazem uma analise sistemática da “Administração Científica” o tempo todo. O administrador tem cinco operações básicas (Planejar, Organizar, Ajustar, Medir e Formar Pessoas) que juntas resultam na integração de um organismo viável e desenvolvimento.

Drucker ainda afirma que o recurso do Administrador é gente e que isso significa formá-las. Essa formação determinará se essas pessoas tornar-se-ão mais produtivas ou deixará de ser produtiva, e isso é aplicável tanto para o chefe quanto para o subordinado, pois à medida que o chefe se dedica aos seus subalternos, ele acaba desenvolvendo-se. A característica mais importante no administrador para ele é o caráter, por isso hoje, pessoas que ajudam pessoas nas organizações tem destaque. O administrador que não possui a qualidade de caráter, ou seja, não é simpático, prestativo e amável constituirá um ameaça a empresa. Ainda segundo o autor caráter é algo que se tem e não se aprende.

Na sociedade composta que vivemos hoje, qualquer administração social de importância é hoje dirigido por uma administração própria, o desempenho dessas entidades dependem da sociedade moderna, que depende da administração, vem dai o interesse dos cidadãos pela administração. É viável, portanto achar que administração é uma ciência, mas ela não é.  O trabalho do administrador de analisar e sistematizar qualquer um pode fazer, embora tenha elementos de ciência e de profissão a administração constitui mais que um exercício.  Se limitarmos o administrador alguém com nível superior a estaríamos substituindo administradores por burocratas, sufocando assim a inovação, do espírito empreendedor e a criatividade.

A administração restringe-se a um país e uma cultura. Portanto para ele, “ela é uma função social, enraizada nas tradições de valores, hábitos, crenças, sistemas governamentais e políticos”. Ele afirma que administradores não exercem a quantificação, nem a ciência de comportamento, esses são os instrumentos dos administradores. Assim há características específicas à administração, que não existem em outra disciplina escolar.

Ao falar sobre as raízes e a história da Administração Drucker afirma que as  pesquisas sobre administração data de mais de 200 anos, desde o inicio as interpretações colocavam o administrador no centro da economia ressaltando suas tarefas gerenciais. Mas foi Saint-Simon que viu o advento da organização, dividiu tarefas para se tornar mais produtivos.  Nos Estados Unidos a “administração foi de fundamental importância sendo considerada a mola propulsora do desenvolvimento social e econômico” segundo Ducker. Mas o advento da grande administração viria somente por volta de 1870 em dois lugares, na América do Norte e no continente Europeu. Henry Towne apresentaria seu trabalho o Engenheiro como Economista, que construiria o primeiro programa de administração. Mais tarde, Georg Simens faria do Banco Alemão a principal entidade financeira da Europa Ocidental, seria a primeira estrutura de alta direção eficaz. No Japão Eiichi Shibusawa foi o primeiro a relacionar as metas da empresa as metas do País. Algumas décadas depois se estruturaram todas as grandes aberturas à administração moderna. Taylor famoso engenheiro americano, examinou o trabalho, partindo do objeto social e não da ótica do lucro.

Na França, Fayol, diretor geral de uma mina de carvão, pela primeira vez pensou sobre a estrutura organizacional e elaborou o principio funcional. Nos Estados Unidos, o alemão Hugo Muesnterberg seria o primeiro a aplicar as ciências sociais ao comportamento humano. O primeiro surto da administração surgiria após a primeira Guerra, foi criado por dois estadistas da época, Herbert Hoover e Thomas Masaryk. Hoover aplicou os princípios da administração na primeira operação de ajuda da História. Masaryk concedeu a ideia que a administração pode ajudar a restaurar a economia, ideia que se consolidou somente 20 anos depois com o plano Marshall.

 Du Pont, seguidor de Alfred Sloan Jr., lançara os princípios organizacionais que deveriam basear-se as novas grandes empresas. Eles foram responsáveis por apresentar modos sistemáticos de encarar objetivos empresariais. Nos Estados Unidos a Sears-Roebuck seria a primeira empresa a utilizar de planos de Marketing.  Como disciplina escolar a administração começou a ser ensinada na década de 30 quando Harvard criou o curso de administração. De lá para cá a administração evoluiu muito e foi de fundamental importância para a nossa sociedade.

 

Pesquisa e edição: Demerval Galvão - Fontes: DRUCKER, Peter Ferdinand. Introdução à administração. São Paulo: Thomas Learning, 2006; DRUCKER, Peter F. Administração em tempos turbulentos. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1980; DRUCKER, Peter F. Desafios gerenciais para o século XXI. São Paulo: Pioneira, 2000; www.administradores.com.br - Imagem: Google - Postado por Demerval Galvão às sábado, setembro 28, 2013 in https://demervalgalvao.blogspot.com.br.