MESTRE NONATO: O MESTRE DE OBRAS DE JOAQUIM PIRES - PI

Por Jorge do Bairro

 

 

Raimundo Nonato de Sousa, filho de Carmina Maria da Conceição, natural da cidade de Esperantina – PI, nascido no dia 07 de novembro de 1927. Vindo de sua terra natal em 1966, através  de Pedro Agápto da Silva, prefeito na época de Joaquim Pires, veio com o objetivo de se responsabilizar pelas obras. “Mestre Nonato” a partir daí fixou-se com sua família para residir e dar inicio às primeiras obras da cidade recém emancipada. Dentre as obras de destaque de Mestre Nonato, sendo a primeira, pode-se citar a Unidade Escolar Doroteu Sertão. Posteriormente deu inicio a outras obras como a Unidade Escolar Raimundo José Monteiro, o Mercado Público Municipal, a Fundação Cespi e dentre outras.

Com o passa do tempo, Mestre Nonato, como era conhecido, fez parte do Diretório do Partido Político do Prefeito Antônio da Silva Ramos, o Antônio Miroca, onde fez várias amizades com outros políticos da época. Na fotografia abaixo, mostra-o quando tinha 40 anos, encontrada no acervo da família:

 

Mesmo com sua filiação em um partido ainda continuou à frente de obras para o desenvolvimento da cidade. Sua última obra realizada foi o antigo órgão em 1988, que se transformou no Centro de Referência de Assistência Social. Neste mesmo ano foi vítima de um acidente vascular cerebral. Esse grande mestre de obras veio a falecer no dia 15 de novembro 1995.

     Ele se destacava pelo o empenho e dedicação que tinha pelo que fazia, sempre com muita seriedade, responsabilidade e acima de tudo, honestidade. Se foi deixando muita saudade de seus familiares e amigos que ficaram.

 

Referência:

Professora Rosário Borges (filha) e Dona Rosa (esposa), adquirido em 25 de fevereiro de 2017.

     



PADRE EVERALDO: ALEGRE E CATIVANTE AO PROCLAMAR DA PALAVRA DE DEUS

Por Jorge do Bairro

 

PADRE EVERALDO SOARES

           O Padre Everaldo Soares Ramos, nasceu no dia 21 de agosto de 1971 na cidade de Joaquim Pires – PI, foi ordenado sacerdote em Parnaíba – PI, no dia 20 de maio de 2000. Iniciou seu pastoreio na Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança de Esperantina e em seguida assumiu como Administrador Paroquial da Paróquia de São João da Fronteira. Fez Pós-graduação no campo da Evangelização da Juventude, na Universidade Vale dos Sinos no Rio Grande do Sul. Foi animador do setor da juventude da Diocese de Parnaíba com muita dedicação. Era vigário da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Cocal e desde muito jovem, destacava-se por sua liderança dentro da Igreja e seu jeito alegre e cativante de falar de Deus; durante sua vida religiosa, foi bem sucedido no meio de seu rebanho e especial à sua família, tratava todos com amor e se dedicava de tal forma que chamava atenção de sua delicadeza, foi um padre que acompanhou de perto toda a tragédia da Barragem Algodões, se empenhou de corpo e alma em defesa das vítimas que muitas vez fazia vigília, até mesmo na rádio Tropical FM, em prol das mesmas.

MISSA NA PARÓQUIA N. S. DO PERPÉTUO SOCORRO EM COCAL-PI

 

      Ele sempre deixou bem claro que na família se aprende os melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional. Uma família em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a formação de novas famílias e que, é também no ambiente familiar que conhecemos nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais. Aprendemos a perceber o mundo, damos início a nossa identidade e somos introduzidos no processo de socialização.  Por isso, é tão comum que nos comportemos como quem nos criou, como nossos pais e avós, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes.

 

          Sempre buscando ajudar ao próximo e fazer algo bom pela Igreja, cumpriu com sua missão de acolher, foi pregador de muitos retiros, encontros e concentrações em todo o estado, atraindo as inúmeras pessoas que gostavam de participar de suas palestras. Além das pregações, o sacerdote tinha uma forma cativante de chamar a atenção das pessoas para a Palavra de Deus, pois, fazendo-as rir com suas histórias, ele proclamava com autoridade os ensinamentos deixados por Jesus, que sempre vive entre irmãos. Sempre esteve defendendo também a nossa rica e admirável Lagoa do Cajueiro na sua cidade natal, promovendo mobilização contra àqueles que não preservam esse imenso manancial, conclamando para que todos cuide daquilo que é de todos. Sua preocupação era que, não acontecesse o se pode ver na  imagem, fruto de muita poluição recaindo sobre a mesma, que não pode se defender, mas que a cada dia pede socorro. Esteve presente em seções do Legislativo Municipal anos atrás, para que se tomasse providências, mas sem muito apoio dos mesmos. O que se pode observar em 2017? A triste realidade sendo tomada por pastas que se alastram nesse ponto turístico, decorrente de muitos dejetos vindos da cidade.

 

      O padre Everaldo foi, mas, deixou a saudade, a lembrança de seu sorriso por onde passava, sempre cuidava de suas atividades físicas, porém o destino fez sua partida eterna deixando para trás os seus familiares e seus amigos, apagando uma estrela, deixando lágrimas, saudade e tristeza aos Joaquimpirenses; e muitos ainda se vivem procurando preencher um vazio que ele deixou. Podemos entender o que realmente aconteceu com o Padre Everaldo, tão jovem que de repente foi morar com Deus. Agora com a sua ausência só nos resta à lembrança do seu sorriso, do seu abraço, da sua voz e de tudo que era seu.

 

Referêcias:

 

http://www.tropicalnoticias.com/2014/08/em-memoria-aniversario-do-padre-ev.html acessado em 04  de março de 2017.

http://www.acessepiaui.com.br/index-mobile.php?pg=ver_colunas2_mobile&id=700. Acessado em 20 de março de 2017 



PADRES QUE VIERAM DEPOIS DE MONS. BOSSUET

Por Jorge do Bairro

PADRE FRED SÓLON

 

Padre Fred Sólon nasceu Luiz Ferdinando Torres da Costa e Silva. O despertar para Deus foi uma decisão tomada numa madrugada, dentro de uma boate. Um choque para a sociedade, uma benção para o padre Fred Sólon. Esteve no noviciado dos Jesuítas, em São Paulo, onde iniciou os estudos de letras clássicas, grego, latim e literatura. No Rio de Janeiro, começou o curso de filosofia e sociologia. O curso foi concluído em Buenos Aires, onde se ordenou no dia 17 de dezembro de 1966.

A formação de jesuíta foi concluída na Bélgica. De volta ao Brasil foi para a Diocese de Barra, na Bahia.

Em 1981 foi transferido para Recife e passou a ser responsável pela Pastoral Universitária na Universidade Católica. Também foi missionário em Moçambique.

Pe. Fred Sólon chegou à Paróquia Santa Dorotéia e empossado por Dom Alfredo Scháffler no dia 22 de agosto de 2008, às 19h, na Igreja Matriz. Ele sempre comentava na possibilidade de colocar a Estátua de Santa Dorotéia para olhar com carinho materno para a cidade de Joaquim Pires em uma visão panorâmica da cidade. Foi ai que no dia 26 de dezembro esta foi exposta no monte onde recebe o nome de Mirante de Santa Dorotéia.

 

 

No dia 18 de novembro de 2009, era madrugada quando Pe. Fred veio a falecer na cidade de Joaquim Pires-PI, vítima de infarto fulminante. Seu corpo foi velado na Igreja Matriz de Santa Dorotéia e levado para a Paróquia do Cristo Rei, em Fortaleza e de lá para o Cemitério Jardim Metropolitano, onde foi cremado e suas cinzas foram lançadas do alto do Cruzeiro, monumento construído por ele entre 2000 e 2007, perto do Mosteiro dos Jesuítas, em Baturité-CE. Sua vida foi marcada por desafios e missão  de ajudar as famílias, levando serviços sociais, melhoria da qualidade de vida e esperança de dias melhores.

PADRE ERNESTO PEREIRA DE OLIVEIRA

       Padre Hernesto Pereira de Oliveira, nascido no dia 18 de maio de 1965 na cidade Pedro II. Filho de João Antônio de Oliveira e Maria do Socorro Gomes . Ordenado Sacerdote no dia 03 de junho de 1995, fazendo parte do jubileu de ouro da Diocese, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Pedro II, por Dom Rufino do Rêgo. Com o falecimento do Pe. Luis Ferdinandes  Torres e Silva (Pe.Fred Solon)  ocorrido no dia 18 de novembro de 2009, Pe. Hernesto da vizinha Paróquia da Boa Esperança de Esperantina assumiu os serviços pastorais no período de dezembro de 2009 a março de 2010 até que o Bispo Diocesano Dom Alfredo indicasse um novo Padre para administrar a Paróquia Santa Dorotéia, o Padre Antônio Brasilino.

 

PADRE ANTONIO BRASILINO FILHO

         Nasceu no dia 24 de julho de 1971, na cidade Castelo do Piauí, filho de Antônio Brasilino e Francelina Ribeiro lima, batizado no dia 29 de setembro de 1971, fez comunhão em 1983 e crismado no dia 13 de novembro de 1986 na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo em São Miguel do Tapúio, sendo este último sacramento celebrado por Dom Abel Alonso Nunes. Cursou o 1º grau de 1979 a 1988 nas Unidades Escolares Lima Rebêlo e Francisca de Aragão Paiva. Foi estagiário do Banco do Brasil no período de 1987 a 1990 na cidade que residia. Cursou o pedagógico parcelado pelo Instituto Elias Torres – Colégio Nossa Senhora de Lourdes em Castelo do Piau. Ingressou no Seminário Diocesano em Campo Maior no dia 18 de fevereiro de 1991, onde passou um ano de experiência, estudando como ouvinte o Ginásio Santo Antônio.

     No dia 14 de dezembro daquele ano foi para Teresina fazer um teste seletivo para ingressar no Seminário Maior Sagrado Coração de Jesus, tendo conseguido aprovação e consequentemente em 1992 ingressado onde queria, passando assim por 7 anos nos estudos filosofia e teologia. Recebeu o Rito de admissão aos 14 de setembro de 1997 e foi instituído nos Ministério de Acólito e Leitor, que neste mesmo dia em preparação ao Diaconato e Presbiterato na Catedral de Santo Antônio em Campo Maior – PI. Foi ordenado Presbítero no dia 9 de janeiro de 1999, celebrando sua 1ª Missa no dia 10 de janeiro na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo na cidade de São Miguel do Tapúio – PI, às 08 da manhã. Depois disso, já esteve realizando seus belíssimos trabalhos nas paróquias de Nossa Senhora da Assunção, em Assunção do Piauí em 1999 a 2001, Paróquia Nossa Senhora das Mercês em Altos – PI, de 2002 a 2005, Paróquia São Francisco de Assis em Piracuruca – PI, de 2005 a 2010. Foi Vigário Paroquial de São Miguel Arcanjo em São Miguel do Tapúio – PI (setembro a dezembro de 2001).


           No dia 17 de abril de 2010 tomou posse na Paróquia Santa Dorotéia em Joaquim Pires – PI, realizando um trabalho de grande relevância para uma melhor sustentabilidade da Paróquia através dos trabalhos pastorais, especialmente com o Dízimo, levando a um crescimento expressivo, ficando assim os paroquianos gratos pelo que realizou durante o período que esteve na cidade de Santa Dorotéia.

 

 

  

 

 



CONTINUAÇÃO DOS MANDATOS

 Por Jorge do Bairro

Nas eleições de 2012 foram eleitos para gerir o município de Joaquim Pires Regina Ramos prefeita (PT) e Lourival Cunha como Vice-Prefeito (PSB), que obtiveram 56,03% dos votos válidos, e seus oponente Cintia Ramos (PMDB) que foi candidata a prefeita, como vice-Prefeito Miguel Ângelo que somaram 43,97%. Os eleitos foram empossados em 1º de janeiro de 2013 para o mandato até 2016.

 

VEREADORES ELEITOS DESSA LEGISLATURA

VEREADORES E PARTIDOS VOTOS
Robson PTB 668
Edy PT 628
Zé Bezim PT 604
Mariano Pereira PT 557
Zé Augusto PT 540
Thales Cunha PSB 521
Chaguinha Santino PT 512
Carlo Gregório PMDB 333
João Mundico PSDB 330

 

Na manhã do dia 08 de dezembro de 2016, o juiz da comarca da cidade de Joaquim Pires Dr. Stefam Oliveira Ladislau realizou a solenidade   de diplomação do prefeito, vice-prefeito, vereadores e suplentes da eleição do dia 02 de outubro de 2016.

A solenidade contou com a presença de lideranças políticas, populares e simpatizantes do prefeito eleito Genival Bezerra.

 

VEREADORES ELEITOS DESSA LEGISLATURA:

VEREADORES E PARTIDOS VOTOS
Sansão PT 732
Zé Bezim PT 588
Socorro Fontineles PSD 509
Dr. Jackson PSD 467
Edy PSD 441
Carlos Gregório PMDB 439
Geraldo Farias PTB 425
Chaguinha Santino PT 393
Domingos Madeira PR 382


CRIAÇÃO DA PARÓQUIA SANTA DOROTÉIA



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Porteirinha

Por Jorge do Bairro

 

 UM POUCO DE HISTÓRIA DA QUERIDA TERRA

 Vindo de Barras de Maratoan por volta de 1880, achegando-se na Fazenda Cajueiro o Coronel Cândido Rodrigues de Carvalho, homem inteligente, conservador e astuto, que conseguiu comprar uma outra propriedade dos herdeiros de do Coronel Simplício Dias, o fidalgo de Parnaíba, que era dono de uma fortuna e muito prestigiado na época. Esta propriedade localizava-se cerca de 3 quilômetros da atual cidade de Joaquim Pires.

O Coronel Cândido Rodrigues de Carvalho, mandou construir no local onde hoje é a Capela de Sâo Sebastião (2016), um cercado provisório de madeira comum, para ali amansar o gado, que era bastante bravio.  Depois dos animais serem sossegado eram levados sua fazenda (Cajueiro), que posteriormente, com o passar dos anos o cercado foi desabando, mantendo-se em pé apenas um porteira de madeira, por sua vez, de grande resistência.

Mais adiante, chegou a Porteirinha o seu primeiro habitante - José Pereira de Souza - casado com Luzia Rosa Ferreira de Souza. Ele ao chegar construiu sua casinha de palhas quase que nas margens da lagoa, que nessa época já se chamava Lagoa de Cajueiro.

 Pouco tempo depois chegaram para residir nas aproximações os irmãos Tomaz e Manoel Tintino, este último, pai de dona Bernarda Cibina e Negão Tintino ambos falecidos respectivamente em fevereiro e junho de 2015. Dona Bernarda Cibina teve apenas um filho, Zé Cibina, que reside na rua Doroteu Sertão

 

Também quem chegou local chamado Porteirinha foi um homem capaz de  progredir por onde passava. Esse homem foi Doroteu Firmino Sertão, ali fez a sua primeira casa de tijolo e telha. Foi o primeiro comerciante do local seu primeiro comerciante e a cada dia que se passava o povoado ia crescendo e desenvolvendo-se, aos redores da belíssima lagoa.

Em 1920, Doroteu Sertão levantou no local do antigo curral de gado do Coronel Cândido Rodrigues de Carvalho, uma capela, chamada de capela Santa Dorotéia, que ainda recebe os traços iniciais em suas estruturas internas.

 

             Em 1920, Doroteu Sertão levantou no local do antigo curral de gado do Coronel Cândido Rodrigues de Carvalho, uma capela, chamada de capela Santa Dorotéia.

Nesta capela encontram-se os restos mortais de Doroteu Firmino Sertão que faleceu do dia 24 de julho e de sua esposa, Franisca de Souza Sertão que morreu no dia 10 de setembro de 1940, um lado do outro, no altar da Igreja.

 

Em 2006 passou por uma grande reforma, mas sempre mantendo os traços iniciais em suas estruturas internas (2017):

 Referencialmente ela é mais conhecida como Igrejinha de São Sebastião, que ao lado está sendo construído um refeitório com salão e o local também recebe o nome de Centro Pastoral São Sebastião, uma vez que, a Paróquia Santa Dorotéia até 2015 não contava com nenhum espaço como este ainda em construção. Tudo o que foi deito foi para que pudesse proteger a preservar, este grandioso patrimônio, uma vez que, em frente, servia como quadra de esporte ao dia e a noite para outros fins:

 

 Em 1927, vindo de Magalhães de Almeida no Maranhão, chegava a Porteirinha o Sr. Agripino da Silva Costa, vinha instalar uma filial de Romão & Cia., posteriormente, em 1928 casou-se com Maria de Araújo Lima, e assim construindo definitivamente sua residência em Porteirinha. Esta empresa funcionou até  1929. Agripino Costa foi um homem trabalhador que conquistou em pouco tempo condições financeiras, adquirindo certa influência social e politica do local, sendo filiado ao PSD, por ligação do Coronel Tomaz Romão de Sousa, de Buriti dos Lopes. A medida que sua força de vontade ia crescendo no meio do povo, policamente sua popularidade aumentava também, com isso, passou a defender a emancipação politica de Porteirinha, fato esse reivindicado, acabou sendo contrário aos interesses dos poderosos de Buriti dos Lopes e Esperantina.

 

Mas por ser um homem de muita garra que gostava de lutar por seu ideais, que não se deixou abater pelo fato ocorrido. Nesta ocasião juntou-se a um grupo de amigos da região, tais como Clarindo Lopes Castelo Branco, Manoel Martins, Joaquim Pires Costa, Raimundo Justino de Silva, Pedro Alcântara dos Santos, José Gomes de Paula, José Pereira Gomes, Francisco de Assis Silva, João Lucas Escórcio, Benedito Nicolau de Oliveira, Bernardo da Silva Costa, Alfredo Lima da Cunha, Domingos dos Santos Miranda, Francelino da Silva Costa, José Mendes de Vasconcelos, Roseno Ferreira de Oliveira, Bernardo Martins, Flor Martins, Otávio Serafim, Antônio Silvino da Mata, Raimundo Bezerra, Doca Bezerra, Filomeno Ferreira de Sousa, Benedito Touceira, Raimundo José Monteiro D. Maroca Portela, Vicente Lopes da Silva, Antônio Cabecinha, Alexandre Cariri, Francisquinho Cabecinha e outros com o apoio dos Deputados Antônio Manuel Gaioso de Almeida Castelo Branco e João Clímaco de Almeida, levaram avante a luta, até que em 28 de Novembro de 1960, foi encaminhado a Assembleia Legislativa do Estado, pelo Deputado João Clímaco de Almeida o projeto de lei que pedia a emancipação política de nosso município.

 Aprovado então, foi sancionada a Lei de No. 2054 de 06 de Dezembro de 1960, publicada no Diário Oficial de 17 de Dezembro de 1960, cria o municipio de Joaquim Pires, no Estado do Piauí.

Quem foi e porque Joaquim Pires?

 

JOAQUIM DE LIMA PIRES FERREIRA (Quincas), filho de José Pires Ferreira e de Umbelina Pires Ferreira, nasceu em 16 de julho de 1868 na fazenda Buriti, no município de Barras, hoje no município de Esperantina, PI, e faleceu em 23 de dezembro de 1958, aos 90 anos de idade, no Rio de Janeiro. Advogado formado no Recife em 1890. Neste mesmo ano de 1890 foi nomeado Promotor público de Barra de São João, RJ. Exerceu o cargo apenas um mês, sendo designado Juiz pretor do Rio de Janeiro, então Capital Federal. Foi oficial do Gabinete do Presidente Floriano Peixoto. Diretor da Escola Nacional de Agricultura.

Casou-se em 28 de abril de 1896, no Rio de Janeiro, com Mariana Sianes Drummond de Castro, nascida a 11 de outubro de 1880, no Rio de Janeiro, e falecida a 5 de setembro de 1952, no Rio de Janeiro. Filha de Frederico de Castro (nasceu em 1851 em Portugal, faleceu em 1887 no Rio de Janeiro) e de Marcelina Sianes Drummond (nasceu em 1857 no Rio de Janeiro, faleceu em 1933 no Rio de Janeiro). Tiveram os filhos Jacy de Castro Pires Ferreira e Jurandyr de Castro Pires Ferreira.

Deputado Federal pelo Piauí (1895-1896), (1902-1906), (1906-1908), (1912-1914) e (1915-1917).
Senador, substituindo o ex-governador Antonino Freire da Silva (1909 - 1912 ) no Senado (1919 – 1927), foi eleito a 24 de março de 1927, com 4.650 votos. Reconhecido a 16 de maio, tomou posse a 18 do mesmo mês, para mandato de 9 anos, porém o Golpe do Getúlio Vargas, em 1930, fechou o Congresso Nacional.

Abriu no Rio de Janeiro um escritório de advocacia, exerceu o jornalismo e foi também professor de direito internacional no Instituto Comercial.

A carreira política, interrompida durante o período do Ditador Getúlio Vargas (1930-1945), é retomada com a sua eleição a 19 de janeiro de 1945, pela União Democrática Nacional (UDN), quando obteve a maior votação do Estado – 55.010 votos. (1947-1955). No mês de outubro de 1947, votou contra o projeto do Senador Ivo d’Aquino que extinguia os mandatos dos parlamentares eleitos pelo Partido Comunista do Brasil, cujo registro fora cancelado pouco antes. Membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão Mista de Investigação da Produção Agrícola e Respectivo Financiamento, foi também presidente da Comissão de Redação do Senado.
Pelos relevantes serviços prestados ao seu Estado natal, o Piauí, a Assembléia Legislativa do Estado, o homenageou, dando seu nome a um dos municípios do Estado.
Lei de No. 2054 de 06 de Dezembro de 1960, publicada no Diário Oficial de 17 de Dezembro de 1960:

LEI No. 2054 DE 6 DE DEZEMBRO DE 1960 Cria o Município de Joaquim Pires o GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ: Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono e promulgo a seguinte lei:

Art. 1o. - Fica criado o Município de Joaquim Pires, tendo por sede o atual Povoado de Porteirinha, que passará à categoria de cidade, na data da publicação desta lei.
Art. 2o. - O Município de Joaquim Pires será constituído pelo Povoado Porteirinha e pelas datas “Santo Higino”, “Santo Antônio”, “Cajueiro”, “Almas”, “Sitio de São Felix” e “Solidade”, todas desmembradas do município Buriti dos Lopes.

Art. 3o. - As eleições para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores realizar-se-ão concomitantemente com as eleições para Governador do Estado a 3 de outubro de 1962.
Art. 4o. - O Município instalar-se-á a 28 de dezembro de 1960, cabendo ao Governado do Estado nomear o Prefeito que administrará o Município até a posse dos eleitos.
Art. 5o. - Fica transferida a sede da Coletoria de Pintadas para sede do município criado por esta lei.

Art. 6o. - Revogadas as disposições em contrário a presente lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio do Governo do Estado do Piauí, em Teresina, 6 de dezembro de 1960 Francisco das Chagas Caldas Rodrigues

Djalma Martins Veloso

Selada, numerada, sancionada e promulgada a presente lei no Gabinete Civil do Governador do Estado, aos seis dias do mês de dezembro do ano um mil novecentos e sessenta. Audir Fortes Rebelo Sub-Chefe do Gabinete, respondendo pela Chefia.
O Municipio foi solenemente instalado às onze horas e trinta minutos do dia 28 de dezembro de 1960, em sessão presidida pelo Dr. Dario Fortes do Rêgo, Juiz de Direito da Comarca de Buriti dos Lopes. Estiveram presentes ao ato as seguintes autoridades: Dr. Francisco das Chagas Caldas Rodrigues - Governador do Estado; Dr. Jurandir Pires Ferreira - Deputado Federal; Dirno Pires Ferreira, respectivamente filho e neto do homenageado Senador Joaquim Pires; Deputados Estaduais: João Clímaco de Almeida, Alberto Monteiro, Antônio Gaioso Castelo Branco e Themístocles de Sampaio Pereira; Prefeita de Buriti dos Lopes – Senhora Zezita Cruz Sampaio; Dr. José Nicodemos Alves Ramos - Sub-Procurador do Estado; Agripino da Silva Costa, o pioneiro da independência de Porteirinha; Pedro Agápito da Silva, influente político local; Sr. Bispo Diocesano, representado neste ato pela pessoa do Pe. Francisco Bossuet Sales, várias outras autoridades e grande massa popular.

Nessa ocasião, foi empossado solenemente o seu Primeiro Prefeito Municipal - Joaquim Pires Costa - nomeado pelo Governador do Estado, Dr. Francisco das Chagas Caldas Rodrigues, através de Portaria de 21 de Dezembro de 1960.

Fonte: Francisco da Chagas Costa (filho de Agripino Costa).

http://krudu.blogspot.com.br/2010/06/joaquim-pires-ferreira.html, acessado em 12 de janeiro de 2017

No dia 7 de outubro de 1962 houve a primeira eleição do município e que foram eleitos para este mandato os seguintes vereadores: Pedro Agápito da Silva, como Presidente, Pedro Alcântara dos Santos, Miguel Alves de Sousa, Raimundo Carvalho do Vale, José Leôncio de Sales, sendo empossados no dia 31 de janeiro de 1963 no Salão do Grupo Escolar Adélia Portela pelo Juiz da Comarca de Buriti dos Lopes. Por volta das 21 horas o presidente da Câmara Municipal convocou para o mesmo local uma reunião para que tomasse posse também o PrefeitoAgripino da Silva Costa e o Vice-Prefeito Clarindo Lopes Castelo Branco eleitos. Assim sendo, todos empossados puderam fazer o juramento de cumprir com o exercício de suas funções para que possam ser os primeiros legítimos mandatários de Joaquim Pires  de janeiro de 1963 a 31 de dezembro de 1966.

 

Daí em diante segue outros prefeitos com seus vice-prefeitos, obedecendo uma ordem cronológica de seus mandatos:

 

REFERÊNCIAS:

 Francisco das Chagas Castelo Branco

Fonte de Pesquisa: Portal J. Pires file:///E:/02-minhas%20Imagens(%C3%91%20acrescentar)/Fotos%20Joaquim%20Pires%201%C2%BA.04.07/Hist%C3%B3ria%20Joaquim%20Pir


es.htm acesso em 23/10/2016.

Livro “Formação de Buriti dos Lopes”, de Raimundo Nonato da Silva. Ed. Comepi, 1985, Página 21.