A História da Educação em Piripiri - Parte I



 

Por Evonaldo Andrade

 

Postado pela primeira vez numa terça-feira, 07 de maio de 2013, 04h57min.

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM PIRIPIRI – PARTE I

Padre Tomé de Carvalho e Silva (Pároco do Piauí)

            A vida deste valoroso padre-mestre foi uma peleja contínua em favor da religião e da educação.

            Em 1698, Domingos Afonso Serra (sobrinho de Domingos Afonso Sertão), valendo-se da “obediência forçada” de seus escravos, arrasa as cabanas (que Padre Tomé mandara construir em torno da Capela de Nossa Senhora da Vitória). O indefeso sacerdote nada pôde fazer, a não ser presenciar a destruição feita pelo bárbaro, que ainda o humilhou, exigindo sua saída do local. A brutal ação não impediu que o padre retornasse ao futuro território de Oeiras, reconstruindo as cabanas.

            Na década de 1730, o Padre Tomé de Carvalho, preocupado com a educação dos piauienses, oferece uma fazenda de gado, avaliada em doze mil cruzados, para a criação de um educandário, que ficaria sob a direção dos jesuítas. O sonho do padre fundamentou-se no rápido crescimento dos rebanhos piauienses, elevando o dízimo de gados a setenta e seis mil cruzados. O cura não levou em consideração que o território piauiense era pouco habitado e as comunidades estavam isoladas por enormes distâncias.

            Pouco tempo depois, em 1733, os jesuítas conseguiram um alvará para instalação de um estabelecimento educacional que teria o curioso nome: “Externato Hospício da Companhia de Jesus”. O projeto também não vingou pelos mesmos motivos: enormes distâncias separavam povoações pobres, em que se concentravam poucos habitantes.

            Para se definir uma data para o início da educação em solo piauiense, F. A. Pereira da Costa em “Cronologia Histórica do Estado do Piauí” (vol. 01, fl. 126)  cita o alvará de 03 de maio de 1857, cujo texto se vê abaixo:

            E as demais vilas? Ficariam sem instrução?

            Mais uma vez, recorremos a F. A. Pereira da Costa, que em seu livro “Cronologia Histórica do Estado do Piauí” (vol. 02, fl. 240), transcreve a resolução de 04 de setembro de 1815.

            Apesar de criadas, as cadeiras de primeiras letras permaneceram, por alguns anos, vagas. A explicação eram os baixos salários oferecidos aos professores.

            Em Parnaíba, o professor desistiu do cargo em 1821. O educador alegou que sessenta mil réis “por ano” era um salário incapaz de prover sua existência.

            Jesualdo Cavalcanti Barros, em seu livro “Sertões de Bacharéis”, relata (capítulo 13, fl. 77) que: “... o deputado e Padre Domingos da Conceição, ao propor nas Cortes de Lisboa a criação de 12 escolas no Piauí, com melhores salários, reconhecia não haver na província quem queira submeter-se ao peso da educação da mocidade, pela triste quantia  de sessenta mil réis anuais, quando  a um feitor de escravos, tendo cama e mesa, se arbitra  no país a quantia de  duzentos mil réis anualmente.” (o grifo é nosso)

            A Vila de Parnaíba não ficaria muito tempo sem escola. De olho na vaga, candidatou-se um filho da terra, assumindo a vaga no ano seguinte: 1822. O jovem professor atendia pelo nome de Domingos de Freitas e Silva, o Padre Freitas de Piripiri.

            No final do ano de 1822, o Padre Freitas, por ter se envolvido nas lutas da independência, temendo ser punido, decidiu deixar a Villa de São João da Parnahyba, indo se refugiar em Granja-CE. Em 1829, o sacerdote já estaria novamente na vila, lecionando latim.

            O Padre Domingos de Freitas e Silva foi um dos primeiros professores do Piauí.

            Antes de se falar em educação em Piripiri, é preciso que se fale sobre a pessoa empreendedora do Padre Domingos de Freitas e Silva (nascido na Villa de São João da Parnahyba, em 1798). Todo piripiriense interessado em nossa história sabe que o Padre Freitas foi um cidadão inovador que, ao adquirir este pedaço de chão, tratou logo de “dar vida” à futura cidade, carinhosamente conhecida como “Capital do Mundo”.

            Piripiri pode ser considerada uma cidade semiplanejada, pois o padre fundador sabia o que estava fazendo (planejando).  O distante 1844, ano em que (ele) começou a residir em Piripiri, é o marco inicial da história piripiriense. Em 1855, o sacerdote ofereceu pequenos lotes para quem quisesse construir. Não seria esse um início “planejado” da evolução urbana de Piripiri? Cidade conhecida por suas longas avenidas e diversas ruas de traçados retos.

            É bom que se registre, conforme está historiado no livro “Professor Felismino Freitas – Educação como missão e vocação” (dos pesquisadores da família Freitas: Maria Leonília, Francisco Antonio e Francisco Newton) que, depois de 1839, o Padre Freitas, acompanhado de Dona Jesuína (sua segunda companheira), desloca-se do Sítio Capote (Villa de Piracuruca), onde residia, para fixar residência no Sítio Anajá (que já era de sua propriedade), às margens do Riacho Azedo (curso d’água que hoje alimenta o Açude Anajás). A propriedade fora comprada dos “Medeiros”, que residiam relativamente próximo ao sítio Anajá (Data Botica, na Localidade Botica, a pouca distância das localidades Coitezeiro, São Felipe, São Bento etc.).

            O nome Francisco Domingos de Freitas e Silva é usado pelos historiadores Anísio Brito, Odilon Nunes, F. A. Pereira da Costa e está registrado no livro da historiadora Judith Santana (“Piripiri”, fl.15). Mas o nome que o Padre usava era Domingos de Freitas e Silva. O mesmo nome seria usado para homenagear um filho: Domingos de Freitas e Silva Júnior.

            Francisco ou apenas Domingos, para um Padre cuja origem pouco sabemos, é um detalhe que não importa. O certo mesmo é que o Padre estava lecionando em Parnaíba, em 1822.

            Odilon Nunes em “Pesquisas Para a História do Piauí” (vol. 04), às fls 49/50 confirma isso:

            A escritora Judith Santana menciona a estada do Padre Freitas em Parnaíba, no ano de 1822, citando F. A. Pereira da Costa (“Piripiri”, Judith Santana, fl. 15); e também informa  sua saída (em fuga) para Granja-CE, em 04 de dezembro de 1822 (“O Padre Freitas de Piripiri”, Judith Santana, fl.18).

            1844 - Ao morar definitivamente em Piripiry, o sacerdote preocupou-se com o futuro de seus moradores. Piripiry precisava urgentemente de uma escola. Seu desejo só seria realizado anos mais tarde, em 1857.

            Em 1855, o sacerdote ofereceu pequenos lotes para quem quisesse construir, demarcando os terrenos. Não seria esse um início “planejado” da evolução urbana de Piripiri?

            1857 – No ano em que faleceu Auguste Comte, nascia a educação piripiriense. Foram criadas uma aula de primeiras letras e outra de latim. O professor era o próprio sacerdote. Foram alunos do Padre Freitas: Thomaz Rebello d’Oliveira Castro, Dr. Horácio Rebello, Antônio Lopes Castelo Branco e Dr. Simplício Coelho de Rezende.

            1868 - Discípulo de Padre Freitas e um de seus melhores alunos, Antônio Lopes Castelo Branco instala uma escola particular, o Colégio São José, no ano da morte do fundador de Piripiri.

            Antônio Lopes Castelo Branco, nascido em 1813, foi um dos alunos do Padre Freitas. Inteligente e apaixonado pela educação, criou uma escola, ensinando muitos piripirienses. Além de professor, foi Procurador da Câmara Municipal de Piripiri. Casou-se com Francisca Pacífico Análio de Deus, com quem teve os filhos: Altino Pacífico Análio Brasil, Rosa Gentiliana e Artur Lopes.

            1870 – Pela Lei nº 692, de 03 de agosto, é criada a primeira “Escola Primária da Paróquia”. Apesar de a Povoação ter poucos habitantes, 45 alunos matricularam-se. Um número bastante expressivo para uma pequena população. Manoel Pedro de Souza Bem foi o professor da escola da Paróquia. O Professor Bem, como era conhecido, foi curador ad hoc dos três órfãos deixados por Padre Freitas (Antônio, Umbelina e Aureliano). O Jornal “O Piahuy”, publicou a resolução 692, na edição de 29 de agosto de 1870.

            Manoel Pedro de Souza Bem – Nasceu em 1837 e faleceu em 1915. Professor da Escola Primária da Paróquia, desde a sua inauguração, em 1870. Polivalente, Manoel Pedro foi professor, músico e, pelo alto conceito que desfrutava dos cidadãos piripirienses, foi nomeado curador “ad hoc” dos filhos do Padre Freitas: Antônio, Umbelina e Aureliano. Casou-se com Maria Alves de Souza Bem, com quem teve os filhos: João, Joaquim, Tomaz, José, Eliza, Leonor e Izabel.

            1877 – Paga pelo poder público, Raimunda Mendes da Rocha Medeiros pode ter sido nossa primeira professora. 

            1880 – A Vila de Peripery é agraciada com a contratação da Professora Mariana Francisca de Menezes, que seria paga pelo Governo da Província. Sua nomeação foi registrada em ata da sessão da câmara, em 19 de agosto.

            1889, 09 de junho – O Coronel Thomaz Rebello de Oliveira Castro é nomeado Inspetor de Ensino. 

            Coronel Thomaz Rebello foi o maior nome de nossa política, destacando-se também no setor educacional. Nasceu na sede da fazenda “Casa Piripiri do Corrente”, no dia 20 de dezembro de 1850 (Piripiri era uma pequena povoação). Filho do Capitão José Joaquim da Silva Rebello e de Dona Joaquina de Oliveira Castro.

            Thomaz Rebello casou-se no dia 03 de outubro de 1874, às 10h00min, com a maranhense Lina Cassianna Pires de Sampaio, no Sítio Paraíso, Comarca de São Bernardo–MA. Após o casamento, Dona Linoca passou a se chamar “Lina Cassianna de Sampaio Rebello”. O casamento foi celebrado pelo Padre João Francisco Martins.

            Coronel Thomaz Rebello entrou em contato com as letras aos dez anos de idade, quando foi aluno do fundador de Piripiri, Padre Domingos de Freitas e Silva.

            Thomaz Rebello de Oliveira Castro, Coronel da Guarda Nacional e Comandante Superior das Comarcas de Batalha, Piracuruca e Pedro II, foi Juiz de Paz, Deputado Provincial (1882/1883), Presidente do Conselho de Intendência em 1890/1891, intendente de Piripiri nos períodos de 1909/1916; 1921/1924 e 1929/1930. Foi também vice-governador do Piauí (1904/1908), ocasião em que, por duas vezes, exerceu, interinamente, o cargo de Governador do Piauí.

            O falecimento de nosso maior líder político ocorreu no dia 13 de fevereiro de 1932, na Cidade de Parnaíba-PI. 

            Apesar de homenageado com uma bela avenida, o nome do Coronel Thomaz Rebello, nosso primeiro Inspetor de Ensino, não foi usado para nominar nenhuma escola piripiriense.

            1892, 18 de janeiro – Nomeação dos professores Nélson Francisco de Carvalho e Francisca Ribeiro Soares da Costa, para o ensino primário. A população carente receberia a mesma instrução que era dispensada às famílias mais abastadas, pois ambos os professores já lecionavam em escolas particulares.

            Foi um dos alunos do Professor Nélson Francisco de Carvalho, o poeta Benedito Aurélio de Freitas (Baurélio Mangabeira). Baurélio ingressou na escolinha do Professor Nélson desde o primeiro dia de seu funcionamento, onde permaneceu até 1896, quando foi levado por seu avô Porfírio de Freitas e Silva para a Cidade de Barras (emancipada em 1889).

            Nélson Francisco de Carvalho – Nasceu em Piripiri, no ano de 1858 e aqui morreu, em 1896, com apenas 38 anos de idade. Exerceu o cargo de Presidente do Conselho de Intendência, no curto período de 07 de fevereiro a 07 de outubro de 1891.

            1908 – Peripery já despontava como uma das maiores vilas do Piauí. A sociedade ansiava por uma boa escola, uma instituição que orgulhasse a população.

            Pensando nisso, o Padre Antonio Bezerra de Meneses, João de Freitas Filho (Lolô) e José de Arimathéa Tito (autor da letra do Hino a Piripiri - entoado pela primeira vez em 19 de fevereiro de 1910) fundam o “INSTITUTO ARCO-VERDE”. Os três empreendedores foram os primeiros professores. O primeiro diretor foi José de Arimathéa Tito, futuro desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí.

            Foram alunos do Instituto Arco-Verde: Otávio Rodrigues de Moraes Souza, Aderson Alves Ferreira, Aureliano José de Melo e Felismino Freitas Weser, que, mais tarde, lecionaria no instituto.

            Padre Antônio Bezerra de Meneses – Foi um sacerdote empreendedor, atuante, defensor da educação. Transferido para Piripiri, onde substituiu o Padre Firmino Souza. Tomou posse em nossa Paróquia (criada em 1864), no dia 09 de agosto de 1908. Logo ao chegar a nossa Paróquia, admirou-se da inteligência de Lolô Freitas e, aproveitando a presença do intelectual José de Arimathéa Tito, fundou, com a ajuda dos citados senhores, o “Instituto Arco-Verde”. Padre Meneses permaneceu em nossa Paróquia até 1914.

            João de Freitas Filho – Nasceu em Piripiri no dia 24 de junho de 1883 e faleceu em 21 de setembro de 1948. Era conhecido por Lolô Freitas. Foi casado duas vezes. Do primeiro casamento, com Alice Áurea Rezende, nasceram quatro filhos: Maria Alice, Grasiela, Antônio e João; do segundo, com Maria de Jesus Melo (Iaiá), nasceu Maria Yêdda.

            Lolô era um homem versátil. Foi Coletor Estadual, membro do Conselho Municipal, poeta, jornalista, músico, compositor, instrumentista e professor.

            José de Arimathéa Tito (ver sua biografia em “Unidade Escolar José de Arimathéa Tito”).

            1913 - Os professores Felismino Freitas Weser e Álvaro Alves Ferreira fundam o colégio Castelo. O Colégio Castelo marcou a história da educação piripiriense. Numa época de poucas escolas, em que as famílias mais abastadas tinham por hábito encaminhar seus filhos para outros centros mais avançados, a escola dos professores Felismino e Álvaro acolhia, sem distinção, alunos filhos de famílias pobres e de famílias mais abastadas, como o caso do aluno Adauto Coelho de Rezende.

            Felismino Freitas Weser (batizado Felismino Tavares de Freitas), filho de Antônio de Freitas e Silva Sampaio e Leonília de Moraes Garcia Freitas, nasceu em 04 de março de 1895, em Piripiri e faleceu em primeiro de dezembro de 1984. Casou-se com Celina de Carvalho Mello Freitas.

            Foi o primeiro homem a se formar na antiga Escola Normal de Teresina (Instituto de Educação Superior Antonino Freire). 

            Felismino, aos 17 anos, lecionou em Pedro II-PI, onde ajudou a fundar, em 1912, o Colégio Pedro II. Em Floriano-PI, no ano de 1930, lecionou no Liceu Municipal e na Escola Normal de Floriano (escolas que ajudou a fundar).

            Aposentado em 1937, funda, em 1938, em parceria com o professor Moacir Ribeiro Madeira Campos, o “Ateneu Piauiense” e a “Academia de Comércio do Piauí”.

            O “Almanaque da Parnaíba”, na edição de nº 38 (1961) traz publicidade desses dois colégios. O Ateneu passa a se chamar “Ginásio Leão XIII” e a Academia de Comércio recebe o nome de “Escola Técnica de Comércio do Piauí”. Nessa época, o professor Felismino já não era mais sócio do amigo Moacir (a sociedade fora desfeita em 1942). 

            Em 1942, Felismino cria o Ginásio Demóstenes Avelino, em Teresina. Ainda na capital piauiense, lecionou e foi diretor do Colégio São Francisco de Sales (Diocesano) e professor no Grupo Escolar Mathias Olympio.

            O Ginásio Demóstenes Avelino marcou época em Teresina, pois funcionava manhã, tarde e noite (o ginásio noturno, em Teresina, começou com o Professor Felismino). Oferecia o primário, o ginasial e o colegial, além de um  curso de admissão e uma escola técnica de comércio, que recebeu seu nome (Escola Técnica de Comércio Prof. Felismino Weser).

            Felismino Weser foi um batalhador incansável da educação. A prova disso era que o professor piripiriense se deslocava a cavalo para o “Internato São Vicente de Paulo” (também fundado por ele) para verificar se estava tudo em ordem com o café da manhã dos internos.

            Curiosamente, em Piripiri, sua terra natal, não há uma escola com o seu nome. Um nome que o Piauí aprendeu a admirar; um nome que se sobressaiu numa época em que o Piauí se destacou no Brasil (pela educação), graças a homens como ele e seu colega Odilon Nunes. Felismino, pai de diversas escolas, também foi o pai do poeta José Newton Freitas, o introdutor do Modernismo no Piauí.

            1924, 17 de setembro -  Nessa data, instalou-se, na Rua Nossa Senhora dos Remédios, a instituição de ensino primário “Escolas Reunidas Padre Freitas”. Anos depois, com a saída da escola, o prédio seria sede da “Distribuidora Piripiriense”, do Sr. Cassiano Andrade do Rego e das hospedarias: “Hotel dos Viajantes” e “Hotel da Felicidade”.

            Mathias Olympio de Mello, em sua mensagem governamental de primeiro de junho de 1925,  cita a inauguração das Escolas Reunidas Padre Freitas.

           

          Logo de início, matricularam-se 140 alunos. A primeira diretora foi Maria de Jesus Carvalho (Sinhá Carvalho). Eram tempos difíceis, por isso Sinhá Carvalho também lecionava. O colégio ainda contava com as professoras Alzira Violeta de Rezende Castro, Francisca Freitas (mais tarde inspetora dos Grupos Escolares Padre Freitas e Cassiana Rocha) e Maria de Lourdes Cruz Melo. Outra professora das Escolas Reunidas Padre Freitas foi Raimunda de Barros Cavalcante (Neném Cavalcante), que também foi diretora do colégio em 1930. O Professor Felismino Freitas Weser também lecionou nas Escolas Reunidas Padre Freitas.

            Maria de Lourdes Cruz Melo – Nasceu em Teresina-PI, no dia 26 de novembro de 1906 e faleceu em nossa cidade, no dia 21 de janeiro de 1985. Filha de Manuel Rufino da Cruz e de Dona Maria Lídia Abade da Cruz. Casou-se com José de Aguiar Melo (Yoyô), nascendo-lhes os filhos: José (Zé Yoyô), Maria Luzia, Maria Lídia, Maria Lídia, Maria dos Remédios, Francisca, Maria das Graças, Francisco e Raimundo Nonato. Professora Maria de Lourdes Cruz foi, por longos anos, zeladora do Apostolado da Oração.

               A cidade crescia, pedindo uma escola maior, com mais salas de aula.

            Tais apelos chamaram a atenção do interventor Federal Landri Sales, o cearense que governava o Piauí.

            Pelo decreto nº. 1069, de 29 de Janeiro de 1930, as Escolas Reunidas Padre Freitas são promovidas a grupo escolar.

            1934 – No dia 15 de novembro, o Grupo Escolar Padre Freitas ganha prédio próprio. Landri Sales veio para a inauguração, participando ativamente das comemorações. O povo estava orgulhoso de nosso primeiro grupo escolar. 

Sobre as duas fotos acima, estudantes do Grupo Escolar Padre Freitas usando a tradicional farda da escola, adotada durante anos.

 

            Sua localização: Rua João de Freitas, Centro.

            A Capelinha de Nossa Senhora do Rosário funcionou durante muito tempo como anexo da Unidade Escolar Padre Freitas, além do que pode ter sido o palco das primeiras aulas ministradas em Piripiri, por seu fundador.

            Levando em conta as seguintes considerações sobre os homenageados: Frei Solano Kühn (na Paróquia de 1955 a 1958), Joaquim Canuto de Melo (homenagem póstuma; falecido em 1957) Juiz Sílvio Marques Meireles (na Comarca de 1956 a 1960), o Almanaque acredita que o convite acima seja do ano de 1957 ou 1958.

            1942 – Dia 02 de março, o recém-chegado Padre Raul Formiga cria uma escola para o ensino primário, a “Escola Paroquial Primária”. Anos mais tarde, Padre Raul criaria a escola que daria origem ao Colégio das Irmãs, a “Escola Normal Rural de Piripiri”, auxiliado pelas professoras Risete Cabral de Amorim (1ª diretora) e Amália Nunes.

            A Escola Normal Rural de Piripiri era dirigida pela professora Maria José Jucá, que veio do Ceará, a convite do Padre Raul Formiga.

            Além de criar a Escola Normal Rural de Piripiri, Raul Formiga, padre dinâmico e empreendedor, criou alguns cursos para a população feminina. O “Curso Doméstico Padre Raul Formiga”, sob a direção da Professora Isabel de Moura Bruno, oferecia noções de arte culinária e foi bastante frequentado pelas jovens piripirienses.

            Padre Raul não media esforços para atingir seus objetivos. Uma de suas conquistas foi a visita da Irmã Blanchot, que, admirada com o excelente trabalho do padre, deliberou a permanência das irmãs de caridade em nossa paróquia. Eram elas: Eulália Alves Timbó (Irmã Timbó), Mariana de Albuquerque Mendes (Irmã Ângela) e a Irmã Helena Silva. 

            Eulália Alves Timbó (Irmã Timbó) – Nasceu em Tamboril-CE, no dia 20 de junho de 1906 e faleceu em Fortaleza-CE, em 20 de dezembro de 1996. Filha de Pedro Alves Timbó e de Dona Luiza Alves Timbó. Primeira diretora do Colégio das Irmãs, em Piripiri, Irmã Timbó foi transferida para Aracati-CE, em 1950. Dirigiu novamente o Patronato de Piripiri, de 1975 a 1977.

            No dia 05 de setembro de 1947, um grupo de pessoas (a bordo do caminhão do Sr. Acelino Rezende) esperava as irmãs Eulália Alves Timbó, Mariana de Albuquerque Mendes (Irmã Ângela) e Helena Silva nas margens do Rio Piracuruca, na antiga BR 316 (hoje BR 222).

            A direção da escola tornou-se responsabilidade da Irmã Eulália Alves Timbó, auxiliada pelas Irmãs Ângela e Helena, além da Professora Maria José Jucá, enquanto esteve em nossa cidade. 

            A Escola Normal Rural funcionou, no início de suas atividades, na Casa Paroquial. As irmãs de caridade foram hospedadas no prédio onde funcionou o “Hotel dos Viajantes”.

 

1948, 11 de fevereiro – FUNDAÇÃO DO PATRONATO SANTA CATARINA LABOURÉ. 

            Localização: Praça 31 de Março, nº 436, Morro da Saudade.

            No Diário Oficial de 04.04.1950, foi publicado o estatuto do Patronato, que anunciava em seu 1º artigo: “O Patronato Santa Catarina Labouré, assim denominado em homenagem à Vidente Medalha Milagrosa, funciona na Cidade de Piripiri, Estado do Piauí, onde foi fundado em fevereiro de 1948 e está sob a direção das Irmãs de Caridade da Província Brasileira das Filhas de São Vicente de Paulo”.

            A escola seria transferida, em definitivo, para as casas do DNOCS, no Morro da Saudade, onde hoje existe a “Praça 31 de Março”. A doação das casas do DNOCS e a adaptação de seus cômodos para salas de aula foi mais uma conquista do Padre Raul Formiga.

            A doação começou com o Projeto de Lei do Senado (PLS 12/1951), do Senador Ribeiro Gonçalves (UDN/PI), que passou a PL 4930/1954, de 12/11/1954, transformado na Lei Ordinária 3.120/1957.

            O texto diz o seguinte: “Lei nº 3.120, de 16 de abril de 1957. Autoriza o Poder Executivo a doar ao Patronato Santa Catarina Labouré, de Piripiri, Piauí, os terrenos e edifícios que, na mesma localidade, serviram às instalações da Comissão do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. E' o Poder Executivo autorizado a doar ao Patronato Santa Catarina Labouré, de Piripiri, Piauí, os terrenos e edifícios situados à margem da estrada de rodagem Fortaleza – Teresina e que, inicialmente, serviram às instalações da Comissão do Departamento Nacional de Obras contra as Secas. Art. 2.° Na escritura de doação tornar-se-á obrigatória, por cláusula expressa, a reversão da propriedade ao patrimônio nacional, no caso de vir a instituição a dissolver-se ou de excluir-se de seus objetivos a educação gratuita a crianças e moças pobres. Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, em 16 de abril de 1957. 136.° da Independência e 69.° da República. Juscelino Kubitschek. José Maria Alkmim. Lúcio Meira.” (O grifo é nosso).

Frutos do Patronato Santa Catarina Labouré:

·         ESCOLA NORMAL REGIONAL SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Fundada no dia 14 de setembro de 1952, substituindo a antiga Escola Normal Rural.

·         DISPENSÁRIO VIRGEM PODEROSA – Criado com o objetivo de socorrer os pobres. Em 15 de abril de 1950, o prefeito Isidoro Machado Brito, através do decreto nº 17, considera como utilidade pública municipal o Dispensário e o Patronato Santa Catarina Labouré. Hoje, no Bairro Prado, funciona a Creche Municipal “Virgem Poderosa”, onde por anos funcionou  o “Lar Virgem Poderosa”, asilo para velhos, criado pelas irmãs de caridade.

·         ASSOCIAÇÃO LUÍSA DE MARILAC – Missão: ajudar os idosos desamparados.

·         ESCOLA NOTURNA ADERSON ALVES FERREIRA – uma opção para os adultos que trabalhavam durante o dia.

E a mais importante criação do Patronato:

·         ESCOLA NORMAL SÃO JOSÉ, fundado em 28 de março de 1966 – Formou durante anos, professores e professoras com aptidão para lecionar da 1ª a 4ª série do antigo 1º grau (hoje ensino fundamental). Do Colégio das Irmãs saíram profissionais capacitados, oriundos de Piripiri e de diversas cidades do norte piauiense e cidades próximas, do Ceará.

            A primeira turma do curso pedagógico da Escola Normal São José seria diplomada em 08 de dezembro de 1968. Era a Turma Irmã Luiza Sena. 

            Infelizmente, por questões financeiras, o maior órgão educacional de Piripiri e região não consegue sobreviver. Foi a maior derrota educacional sofrida pela terra dos educadores Padre Freitas, Felismino Weser e Omar Resende.

            No Diário Oficial do Piauí, edição nº. 102, de 02 de julho de 2005, é publicada a Resolução CEE/PI Nº 031 de 13/04/2005, jogando um balde água fria no coração dos amantes da educação.

            Triste notícia, triste fim, que nos faz recordar o belo poema de Jana Jandaíra, poetisa piripiriense, a quem pedimos licença para reproduzir alguns trechos de “A Geração dos anos 50/60”:

            Sobre a foto acima, três nomes importantes da educação piripiriense: Tia Zélia, Profª Paiva e Irmã Ângela, durante as comemorações  do Cinquentenário do Patronato Santa Catarina Labouré.

1942 – Dia 19 de abril, é inaugurado o Grupo Escolar Cassiana Rocha, cuja construção começara em 1940. 

Sobre a foto acima: Observa-se a fachada original do prédio do Grupo Escolar Cassiana Rocha, que foi modificada com uma reforma, desaparecendo o “Brasão de Armas da República” (o que pelo Art. 26, da Lei n° 5.700, de 01/09/71, é obrigatório o seu uso na frontaria ou no salão principal das escolas públicas).

            Segundo Dr. Edivar Gomes de Araújo, quando Dona Cassiana Rocha faleceu, deixara uma quantia de 40.000$000 (quarenta contos de réis), que deveria ser usada na construção de um grupo escolar. O viúvo, José Narciso da Rocha Filho, entregou ao Sr. João Coelho de Rezende, o dinheiro e a responsabilidade de construir uma escola que levaria o nome de sua falecida esposa. João Coelho gastou 37.000$000 (trinta e sete contos de réis), devolvendo 3.000$000 (três contos de réis) para o Sr. José Narciso, que fez um presente dessa quantia para a filha de João Coelho de Rezende, Rita Rezende Sales.

            Sua localização: Avenida Thomaz Rebello, nº. 1030, Centro.

            A professora Alda Martins da Rocha foi a primeira diretora do Grupo Escolar Cassiana Rocha. Luíza Assunção Pinho Melo, Maria Luiza Carvalho Araújo, Maria de Jesus Carvalho e Leonília de Oliveira Freitas (Lili Freitas) foram as primeiras professoras.

            Luiza Assunção Pinho Melo - Nasceu em Piripiri-PI,  no dia 13 de março de 1913. Filha de Vicente Amâncio de Assunção e de Dona Joaquina Rosa do Espírito Santo. Aprendeu a ler e a escrever com a com a Professora Maria da Silveira Sampaio (Cota Sampaio). Em 1936, formou-se “Professora Normalista”, pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Teresina-PI. Começou a lecionar no ano seguinte, 1937, no Grupo Escolar Padre Freitas. Casou-se com Nestor Bezerra de Pinho Melo, de cuja união nasceram as filhas: Maria Daysée e Edelweiss.

            No dia 11 de março de 1942, foi nomeada professora do Grupo Escolar Cassiana Rocha, um dia após a criação do citado grupo (Dec. Lei n° 501, de 10/03/1942). Em 1945, foi nomeada diretora da referida escola, em substituição à Alda Martins da Rocha.

            Exercendo a função de diretora e lecionando, se preciso fosse, permaneceu na escola até 31 de dezembro de 1966. Em 1967, transferiu-se para Teresina-PI, onde lecionou no “Grupo Escolar Godofredo Freire”, aposentando-se em 1968.

            Luiza Assunção, ótima mãe, excelente avó, dedicou sua vida à família, à educação e às obras de Deus. Foi zeladora do Apostolado da oração e Catequista por muitos anos. Faleceu em Teresina-PI, no dia 19 de setembro de 2003, mas foi sepultada em Piripiri, como era seu desejo.

            Quem foi Cassiana Rocha?

            Cassiana Pires Rebelo da Rocha, nascida em 1882, era filha do Coronel Thomaz Rebello de Oliveira Castro e Dona Lina Cassianna de Sampaio Rebello. Casou-se com José Narciso da Rocha Filho, em 14 de julho de 1906. O Casamento foi realizado na Igreja Matriz e no casarão de sua família (Garibaldi). Na época de seu casamento, tinha 24 anos de idade.

            Após o casamento, Dona Cassiana e o Sr. José Narciso foram morar em Parnaíba. O casal não teve filhos.

            1932, ano de terrível seca, é o ano de falecimento do Coronel Thomaz Rebello e de sua filha Cassiana Pires Rebelo da Rocha, aos 50 anos de idade.

            1945 – Dia 5 de maio, a população de Piripiri via nascer o Círculo Operário, uma entidade criada por uma associação de trabalhadores. Um dos presidentes do Círculo operário foi Vicente Amâncio de Assunção.

            A escola foi municipalizada em 1971. A Prefeitura Municipal é responsável pelo pagamento do aluguel do prédio.

            Hoje, a escola oferece Ensino Infantil e Fundamental.

 

            Sua localização: Rua Santos Dumont, 449, centro.

            1950 – Escola 13 de Maio

            Para suprir uma deficiência educacional em relação aos alunos de pequena idade, a professora municipal Marieta Medeiros Nunes instala, numa casa de propriedade do Sr. Domingos Sinésio, a “Escola 13 de Maio”.

            Idealizada e criada por Marieta Nunes, a escolinha de alfabetização funcionava na Avenida Tomaz Rebelo, vizinha à casa do Sr. Júlio Rezende.

            A Escolinha 13 de Maio inovou e, em sua época, fez a diferença na educação em Piripiri, pelo pioneirismo da Professora Marieta, uma educadora preocupada com a preservação da história e com o aprendizado moral de seus alunos.

            Uma das notáveis realizações de Marieta Medeiros foram as comemorações das datas de 13 de Maio e 07 de Setembro, dois belos e interessantes espetáculos ao ar livre, que emocionavam a população de Piripiri. Hoje, pouquíssimas pessoas recordam as paradas da Escola 13 de Maio, criadas pela Profª Marieta.

            Uma curiosidade: Os alunos da Escola São Vicente de Paulo chamavam a Escola 13 de Maio de “Bambiá Assado” e os alunos da Professora Marieta chamavam aquela escola de “Bambiá Sapecado”. 

            Marieta Nunes Medeiros – Filha de Antônio Brasilino do Nascimento (alfaiate e zelador do Ginásio José Narciso) e de Dona Maria Melo de Medeiros. Nasceu em Piripiri-PI, no dia 21 de junho de 1928.

            Casou-se com Antônio Nunes, de cuja união nasceram os filhos: Salomão, Maria do Rosário, Maria das Neves (Bete), Vanderley, Edicleuma, Roldão, Vera e Rosângela. 

            Marieta Nunes faleceu em Belém-PA, em 26 de fevereiro de 1980. O jornal “O Estado do Pará” noticiou sua morte, no dia seguinte ao sinistro.

Sobre a foto acima: Trata-se de uma das muitas “paradas”, organizadas pela Profª Marieta, para homenagear o dia da Abolição da Escravatura no Brasil. A Princesa Isabel (na foto) foi representada por Heloísa Pereira (professora da escola), no ano de 1970. 

            1951 – Escola São Vicente de Paulo (Hoje, “Centro Educativo Frederico Ozanam”).

            Fundada em 1951, seu primeiro nome foi “Escola São Vicente de Paulo”. Era apenas um salão, com paredes de taipa e duas pequenas portas. A primeira professora foi Ana Assunção Oliveira Cunha.

            Vicente Amâncio de Assunção e a Profª Ana fizeram o histórico da escola e remeteram (a carta e uma foto da escola) para o Rio de Janeiro-RJ, sede do Conselho Nacional da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP).

            Veio o dinheiro do conselho, mas aplicar onde?

            Apareceu um colaborador anônimo, que doou o dinheiro para a compra de três terrenos: o da sede da Conferência São Vicente de Paulo, na Rua Santos Dumont; o da Escola São Vicente de Paulo (a 2ª escola), na Rua Aristeu Tupinambá e o terreno onde hoje funciona a Escola Frederico Ozanam, compreendendo também a área em que estão construídas as casinhas da Av. Dr. João Bandeira Monte, conhecidas por “inferninho”. Algum tempo depois, descobriu-se que o doador fora o próprio Vicente Amâncio de Assunção. 

            1952 - Com os imóveis comprados e o valor recebido do Conselho Nacional (Rio de Janeiro), Vicente Amâncio não reformou a “Escola São Vicente de Paulo”. Ele investiu o dinheiro na construção de uma nova escola (que também recebeu o nome de São Vicente de Paulo, localizada na Rua Aristeu Tupinambá). Essa atitude desagradou a Profª Ana, que queria a reforma da primeira escola. 

            Para contornar a situação. Vicente Amâncio faz o histórico da Escola São Vicente de Paulo (a segunda) e manda para o Rio de Janeiro. O Conselho Nacional mais uma vez envia dinheiro. Dessa vez, Vicente Amâncio usa a verba (destinado à segunda escola) na reforma da primeira.

            As duas escolas de “São Vicente de Paulo” foram reconhecidas pelo município, através do Decreto nº 02, de 1º de junho de 1953.

            Foram professoras da Escola São Vicente de Paulo (a primeira): Ana Assunção Oliveira Cunha, Vicença Assunção Oliveira, Madalena, Raimunda Rocha e Silva e Rita Cerqueira de Andrade (além de Outras).

            Maria da Conceição Oliveira de Almeida (Mariazinha) foi professora da segunda escola, também chamada “São Vicente de Paulo”.

            As duas escolas foram desativadas em 1972. Funcionaram algum tempo como abrigo.

            Em 1987, Dona Vicença e Frei Lucas conseguem uma verba da Alemanha, que foi usada na reforma do prédio da Escola São Vicente de Paulo (a primeira). No ano seguinte, em 02 de março de 1988, a escola foi reativada, mas com o nome de “Frederico Ozanam”.

            Em 22 de julho de 1999, com recursos do FUNDEF, a escola foi ampliada e hoje é um centro educativo (Centro Educativo Municipal Frederico Ozanam). É reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação, Resolução CEE/PI nº 210/2005.

            A segunda escola é hoje sede da “Conferência São Paulo” (a 4ª Conferência Vicentina de Piripiri).

As professoras:

            Ana Assunção Oliveira Cunha – Nascida na localidade Mocambinho (à época município de Piripiri), em 29 de maio de 1928. Professora, catequista, membro da Confraria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e participante do ECC (Encontro de Casais com Cristo). Viúva de José Cunha Neto, com quem teve três filhos: José Filho, Ana Maria e Maria Gorete. Começou a lecionar na Fazenda Beleza, de propriedade do Sr. Raimundinho Melo. Foi professora das escolas São Vicente de Paulo e Cassiana Rocha.

            Vicença Assunção Oliveira – Filha do casal Enoque José da Silva Oliveira e Joana Félix de Assunção. Nascida no dia 03 de julho de 1926, na localidade Mocambinho (à época, município de Piripiri; hoje, município de Brasileira-PI). Dona Vicença começou a lecionar aos 16 anos de idade. Tornou-se catequista e membro do Apostolado da Oração, em 1943.

            Maria da Conceição Oliveira de Almeida (Mariazinha) - Filha do casal Enoque José da Silva Oliveira e Joana Félix de Assunção. Nascida no dia 13 de setembro de 1932, na localidade Lagoa do Barro, deste município. Catequista e professora por vocação, começou a lecionar em 1953. Mariazinha é vicentina desde 1985.

            Raimunda Rocha e Silva – Nasceu em Piripiri, no lugar Desterro, no dia 27 de agosto de 1936. Filha de Raimundo Paulo da Silva e de Dona Rosária Francisca da Rocha. Catequista por vocação, membro da Pastoral do Dízimo. Lecionou na Escola São Vicente de Paulo, Patronato Santa Catarina Labouré (antes da fundação da Escola Normal São José) e Grupo Escolar Cassiana Rocha. Em 1966, Raimunda Rocha começou a trabalhar na Secretária da Paróquia, onde permaneceu até pouco tempo.

            Rita Cerqueira de Andrade – Nasceu no lugar Lagoa do Arroz, município de Piracuruca-PI, no dia 25 de janeiro de 1939 e faleceu em Piripiri-PI, no dia 18 de outubro de 2010. Filha de Simplício Escórcio de Cerqueira e Lavina Maria das Dores. Foi casada com Altino Araújo de Andrade, com quem teve os filhos: Ednaldo, Evonaldo e Lavínia. Concluiu o pedagógico na Escola Normal São José. Licenciada em Pedagogia Pela UFPI. Foi professora municipal e estadual, lecionando nas escolas públicas (José Narciso, Neném Cavalcante e outras) e em colégios particulares (Colégio Prisma e Colégio Christus), além de escolas no município de Piripiri-PI (Caldeirão) e em Brasileira-PI (Salitre).

            Quem foi Frederico Ozanam?

            Antonio Frederico Ozanam nasceu no dia 23 de abril de 1813, na Cidade de Milão-Itália. Em maio de 1833, Frederico e seis amigos fundam “as Conferências de São Vicente de Paulo”. Frederico foi Doutor em Direito (1836) e em Letras (1839). Em 1844, torna-se professor titular de Literatura Estrangeira na Universidade de Sorbonne. Frederico Ozanam, homem caridoso e preocupado com os mais humildes, faleceu no dia 08 de Setembro de 1853, em Marselha-França.

 

            1955 – Criada a “Escola Operária Pires Rebelo” – Fruto do empreendimento da Professora Marieta Nunes, Acelino Marques de Oliveira e Domingos Sinésio, a instituição oferecia ensino infantil (alfabetização), além de corte, costura, bordado, datilografia (a partir de 1972).

            A escola funcionou na Rua Baurélio Mangabeira (com esquina da Rua Francisco Emerson).

            O segundo endereço da escola foi em outra esquina, na Praça das Almas (Rua Avelino Resende com Padre Domingos), onde foi sede da "Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" e hoje funciona uma farmácia de manipulação.

            O último endereço da EOPR foi também em uma esquina (Av. Avenida Aderson Ferreira com Rua Francisco Emerson).

            A Professora Marieta levou para a “EOPR” as paradas (criação sua) apresentadas nos dias 13 de Maio e 07 de Setembro.

Sobre a foto acima: A Princesa Isabel (centro do coreto) está representada por Celsa Correia.

            Para caracterizar os escravos, os alunos se “lambuzavam” de óleo diesel e passavam a fumaça de candeeiro no corpo. A fuligem, misturada ao óleo, resultava numa cor negra brilhante. Por ser uma mistura difícil de ser removida, a professora passou a usar carvão vegetal, que era facilmente removido.

 

F

            As Paradas dos dias 07 de Setembro e 13 de Maio eram apresentações nas ruas da cidade, em que os alunos da "Escola Operária Pires Rebelo" desfilavam vestidos a caráter.

            A primeira diretora da Escola Operária Pires Rebelo foi Marieta Nunes, a segunda foi Zélia Marques de Oliveira. Marieta e Zélia também foram professoras, a exemplo de Dona Maria das Dores Oliveira, que foi diretora e professora da escola. Outras professoras: Maria José de Melo, Maria do Carmo Andrade, Heloísa Pereira.

 

            Zélia Marques de Oliveira é filha de Acelino Marques de Oliveira e de Dona Carmen Rodrigues de Sales. Nasceu no dia 07 de setembro de 1931, na localidade Flor do Norte, município de Piracuruca-PI.

            Maria José de Melo é filha de Patriotino Benício de Melo e de Dona Lina de Melo Medeiros. Nasceu em Piripiri, no dia 11 de maio de 1939. Começou a lecionar na Escola Operária Pires Rebelo, onde era auxiliar da Professora Marieta. Profª Mazé lecionou nos melhores colégios de Piripiri, cativando os alunos por sua inteligência e dinamismo. Dona Maria José de Melo é catequista da Capela “Menino Jesus de Praga” e pertence ao Apostolado da Oração. É viúva de Horácio de Brito Melo. Apesar de não ter tido filhos, criou alguns sobrinhos.

           

            Quem foi Pires Rebelo?

 

           José Pires Rebelo era filho do casal Thomaz Rebello de Oliveira Castro e Dona Lina Cassianna de Sampaio Rebello. Nasceu na Villa de Peripery, em 1877. Engenheiro civil, intendente de Teresina, Deputado Federal, Senador da República, membro da Academia Piauiense de Letras. Pires Rebelo faleceu na Cidade do Rio de Janeiro, em 1947.

Fonte de Pesquisa: 

 Para execução deste trabalho, foi de fundamental importância a pesquisa em livros (incluindo-se livros de Cartório), informações prestadas por estudiosos da nossa história, fotografias escaneadas de álbuns de família, salvas em facebook, fotografadas de quadros e feitas originalmente para este artigo.

 

Pesquisa feita nos seguintes livros: "Piripiri" e "O Padre Freitas de Piripiri", de Judith Santana; "Memórias de Piripiri", "Velhos Conterrâneos Luminosos" e "Nos Tempos do Coronel Thomaz Rebello", de Cléa Rezende Neves de Mello; "Ruas, Avenidas e Praças de Piripiri" e "Ponta-de-Rama", de Fabiano Melo; "Cronologia Histórica do Estado do Piauí", vol. 02, de F. A. Pereira da Costa;  "Pesquisas para a História do Piauí", vol. o4, de Odilon Nunes; "Professor Felismino Freitas - Educação como Missão e Vocação", de Maria Leonília de Freitas, Francisco Antonio Freitas de Sousa e Francisco Newton de Freitas; "Piripiri", publicação do Banco do Nordeste S/A; "PIRIPIRI - Piauí", monografia nº 625, publicada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; "Parabéns, Piripiri! 75 anos", publicação da Prefeitura Municipal de Piripiri; "Cada Rua, Sua História - Parnaíba", de Caio Passos; "100 Fatos do Piauí no Século XX", de Zózimo Tavares; “Antologia da Academia Piauiense de Letras”, de Wilson Carvalho Gonçalves; “Almanaque da Parnaíba” (1961), de Ranulpho Torres Raposo. “Revista Cidade Verde”, edição 042, de 09/10/2012; “Como o Sândalo – Virtudes e Méritos de Maria do Carmo Melo”, de Ana Maria Cunha; “Respingos na Caminha”, de Maria do Carmo Melo, “Sertões de Bacharéis – O Poder no Piauí entre 1759 e1889”, de Jesualdo Cavalcanti Barros.

 

Fotos, imagens, comentários em fotos de facebook, sugestão e informações prestadas pelos intelectuais: Armilo de Sousa Cavalcante, Auciomara Teixeira, João Cláudio Moreno, Adelaide Macedo, Maria da Conceição Oliveira de Almeida, Vicença Assunção Oliveira e Assunção, Joaquim Amâncio de Assunção, Fabiano Melo, Luiz Mário de Morais Getirana, Emília Maria Cruz, Zélia de Cruz Castro Bezerra de Melo, Edivar Gomes de Araújo, Raimunda Rocha e Silva, Francisco Newton de Freitas, Maria Daysée Assunção Lacerda, Lúcia Cruz Holanda, Zélia Marques, Antonio Ferreira Filho, Cléa Rezende, Leonor Melo, Emília Maria Cruz, Maria José Melo, Ana Assunção Oliveira Cunha, Maria da Anunciação Araújo Sousa, Luísa Sousa Lustosa Araújo, Leonor de Melo Rodrigues, Justina de Sousa Medeiros Oliveira, Maria dos Remédios Paiva Marques, Eugênio Leite Monteiro Alves.

 

Sites pesquisados: http://www.ufpi.edu.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/2006.gt10/GT10_2006_03.PDF → Marcelo de Sousa Neto (UESPI) Doutorando em História – UFPE; http://www.gterra.com.br/geral/governo-de-wellington-dias-fechou-40-escolas-no-piaui-29942.html; 

 

http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/248445_professores_denunciam_manobra_para_fechar_escola_seduc_nega_acusacao.html;

 

http://www.180graus.com/blog-literario/o-s-f-u-n-d-a-d-o-r-e-s-baurelio-mangabeira-por-reginaldo-miranda-472410.html; http://www.camara.gov.br/internet/InfDoc/novoconteudo/legislacao/republica/Leisocerizadas/Leis1972v2.pdf

 

http://www.diariooficial.pi.gov.br/diario/200506/18813f2617262c2.pdf; http://www.jusbrasil.com.br/diarios/2665800/dou-secao-1-17-04-1957-pg-1/pdfView; http://www.famososquepartiram.com/2011/07/petronio-portela.html; http://csi.ati.pi.gov.br; 

 

www.colegiomariajosepi.com.br; http://www.educandariochristus.com.br; www.chrisfapi.com.br

 

http://www.tre-df.jus.br/institucional/conheca-o-tre-df/galeria-de-ex-presidentes/desembargador-joaquim-de-souza-neto

 

http://professorfranciscomello.blogspot.com.br/2010/06/mulheres-que-contribuiram-para-nossa_21.html

 

http://historiadopsc.blogspot.com.br/2010/09/todas-as-diretoras-do-patronato-sousa.htm

 

http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_19970822_ozanam_po.html

 

http://www.piracuruca.com/capitulotexto.asp?codigo=49&codigo1=Revista%20Ateneu%20-%20N%B0%201

 

http://www.noticiasdeurucui.com.br/noticias/saiba-quais-as-melhores-escolas-publicas-do-piaui-segundo-o-ideb-2011-10560.html

 

http://www.cidadeverde.com/seduc-premia-75-escolas-que-tiveram-acima-da-media-no-ideb-e-enem-62109

http://www.piaui2008.pi.gov.br/impressao.php?id=14316